Sobre as Paradas

A discriminação e o preconceito podem silenciar as pessoas, reprimindo seus desejos e restringindo sua existência. Por isso, promover a visibilidade é uma importante estratégia a partir da qual o movimento LGBT promove a livre expressão da sexualidade e o fortalecimento de ações de enfrentamento da homofobia.

Como ação isolada e ocasional, sabemos que as Paradas não conseguem mudar muita coisa. Porém, como ação integrada, ela contribui para mudanças pessoais, culturais e institucionais, que fortalecem as iniciativas de enfrentamento da discriminação e do preconceito.
Ao adotar a estética de um evento festivo, os manifestantes mostram que, apesar de tudo, persiste o prazer e a felicidade de ser quem se quer ser. A alegria e o prazer assumem, assim o lugar de antídoto para a violência.

As Paradas são, assim, momentos políticos de descontração e de celebração do orgulho de viver a sexualidade e as expressões de gênero, livre de opressão e discriminação.

A primeira Parada do Orgulho de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Travestis e Transexuias (LGBT) aconteceu em 28 de junho de 1970, em Nova Iorque, no primeiro aniversário da "rebelião de Stonewall", como ficou conhecido o confronto entre policiais e frequentadores de um bar "gay" daquela cidade que sofria freqüentes batidas da polícia. Em 28 de junho de 1969, os freqüentadores desse bar se revoltaram e reagiram. Esta rebelião durou 3 dias, e passou para a história como o início do movimento social de gays, lésbicas, travestis e transsexuais por seus direitos.